
Redução de Danos:
uma política que cuida sem silenciar

Condenar é
mais fácil do que entender e buscar soluções?
Existem duas posturas predominantes diante do problema do uso e abuso de drogas: a tradicional “guerra às drogas" e a Redução de Danos.
A política proibicionista, popularizada pelo slogan “diga não às drogas”, muitas vezes é ineficaz, funcionando como um estímulo indireto ao consumo.
Desde que a "guerra às drogas" se consolidou globalmente, o punitivismo decorrente dessa política obrigou pessoas que fazem uso de substâncias a enfrentarem não apenas os riscos à saúde, mas também a marginalização e a violência impostas pela sociedade.
Foi nesse contexto que surgiu a Redução de Danos: uma proposta de cuidado em saúde, criada pelas próprias pessoas que fazem uso de substâncias.
Essa abordagem busca minimizar os riscos e danos associados ao consumo de substâncias, sejam elas lícitas ou ilícitas, enfrentando o problema de forma humanizada e realista.


"Redução de Danos é ajudar o outro a
ir ao encontro de sua necessidade, não daquilo que você pensa que ele precisa."
– Tarcísio Andrade
Quem melhor
do que a própria pessoa para falar sobre a sua relação com a substância?
A Redução de Danos nasceu como uma prática conduzida pelos próprios usuários de substâncias. Com o tempo, essa abordagem foi atualizada e hoje é também reconhecida como uma política pública pelo Ministério da Saúde.
No Brasil, a Redução de Danos se fortaleceu ao integrar-se com lutas interseccionais, como as causas antimanicomiais, antirracistas, antifascistas e contra qualquer forma de opressão, sempre em defesa da vida e da saúde coletiva.
Para nós, a Redução de Danos é mais do que uma prática: é uma ética de cuidado. Ela busca resgatar a cidadania e os direitos das pessoas, priorizando o apoio ao usuário em vez do combate à substância. Isso significa lutar contra o estigma e a vulnerabilidade social que ainda atingem quem faz uso de substâncias.
A Redução de Danos é uma política que salva vidas sem proibir. Em vez de impor regras, ela reconhece e utiliza o que cada pessoa tem de melhor, promovendo o empoderamento em vez de gerar fragilidade.


“Redução de Danos não é um tratamento: ela apoia o tratamento que a pessoa quiser. Se quer abstinência, ela compõe essa abstinência. Se quer mudar de droga, ela compõe esse tratamento”.
– Juma Santos
Vamos de aula?

Se você realmente quer saber mais sobre a Redução de Danos, recomendamos a palestra abaixo, feita por nossa coordenadora Juma Santos na Universidade de São Paulo (USP)
